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terça-feira, 22 de maio de 2012

Audiência Pública discute realização dos festejos juninos em Jequié



M P apresentou uma proposta de redução dos atuais R$ 1,5 milhão para R$ 1 milhão


Sepúlveda ficou  de levar a proposta para avaliação do prefeito.

Diante das medidas adotadas pela Prefeitura, a ideia de suspensão do São João de Jequié não foi adiante, restando ao Ministério Público apresentar uma proposta de redução dos atuais R$ 1,5 milhão para R$ 1 milhão e recomendou a não realização de festa nos bairros, distritos e povoados. O secretário municipal Luciano Sepúlveda ficou encarregado de levar a proposta para avaliação do prefeito. Um Termo de Ajustamento (TAC), limitando os investimentos, deverá ser assinado entre a Prefeitura e o Ministério Público nos próximos dias. A Prefeitura foi representada na mesa de trabalhos pelos secretários Luciano Sepúlveda (Governo) e Irailton Santos (interino de Cultura e Turismo). Sepúlveda afirmou que, seguindo a firme determinação do prefeito Luiz Amaral, a Prefeitura promoveu significantes cortes nos investimentos dos festejos juninos. Informou que o projeto inicial estava orçado entre R$ 2,4 milhões e R$ 2,5 milhões, mas que depois dos ajustes, esse valor foi reduzido para aproximadamente R$ 1,5 milhão, não somente em razão da seca, mas também em virtude das dificuldades econômicas da Prefeitura.

Representantes da Prefeitura, Câmara de Vereadores, CDL, Associação Comercial e Industrial, Conselho Comunitário, Conselho Municipal de Cultura, Forrós Alternativos, Polícia Militar, Imprensa, participaram da Audiência Pública promovida pelo Ministério Público Estadual/Regional de Jequié, nesta segunda-feira (21/05/12), no Centro de Cultura Antônio Magalhães, para abordar sobre os investimentos públicos nos festejos juninos da cidade, principalmente em razão da seca. Cinco promotores de justiça participaram do encontro.

Quanto à situação do semiárido, o secretário municipal de Governo disse que não há um quadro de miséria no município de Jequié e, diferentemente de outros lugares, não falta água para o consumo humano. “A Prefeitura tem adotado importantes providências para garantir o abastecimento da população nas regiões atingidas pela seca, incluindo a aquisição de reservatórios e manutenção de poços artesianos”, destacou.
O secretário de Cultura voltou a falar do esforço da Prefeitura no sentido de manter o brilho dos festejos mesmo com a substancial redução dos investimentos. “Esse é o desafio; realizar um grande São João, um ano depois de ter sido considerado o Melhor Festejo Junino de 2011, pela sua organização e valorização cultural”.
O promotor de justiça, Luciano Borges, disse que particularmente defende a realização do São João. “Sou contra gastar R$ 2 milhões”, concluiu. O vereador Eliezer Pereira Filho disse que tinha conhecimento da política de redução dos custos da festa. “Esse é um evento cultural importante que precisa ser mantido no calendário da nossa cidade”, defendeu. Quem também se pronunciou defendendo os festejos juninos foi o vice-presidente do Conselho Comunitário, Juracy Novato. “Recentemente, o secretário de Cultura esteve na reunião do Conselho e nenhuma das 18 entidades se colocou contra o evento. “A preocupação do Ministério Público é justificável, mas a seca de Jequié não atinge todo o Município, por isso, somos favoráveis”.
O presidente da CDL, Márcio Roberto Andrade, afirmou que o São João é a segunda melhor data para o comércio de Jequié, superando o Dia das Mães e perdendo apenas para o Natal. O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial, José Marcos, afirmou que existe um comércio sazonal que já espera essa data. Fabrício Borges, do ramo de hotelaria, informou que nessa época do ano atinge 100% de ocupação dos leitos. Também ocorreram outros pronunciamentos em defesa dos festejos pela sua importância cultural e econômica.
Em recente entrevista, durante a inauguração de casas populares no Mandacaru, o prefeito Luiz Amaral anunciou sua pretensão de efetuar cortes nos investimentos nos festejos juninos da cidade e que já estava decidido que não teria camarote oficial na Praça da Bandeira, assim como havia autorizado redução de investimentos em divulgação e ornamentação.





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