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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Felisquié promove encontro da literatura com outras linguagens e jequieenses de projeção retornam a Cidade Sol.



O cineasta Tuna Espinheira que há décadas não vinha a cidade  retornou a Jequié. O professor da Universidade Federal  de Ouro Preto,  Erisvaldo Pereira dos Santos,  que nunca tinha sido convidado para fazer uma palestra em sua própria terra, pela primeira vez recebeu um convite oficial   para falar  na cidade.  O cineasta Robinson Roberto e sua esposa Marilusa Barreto passaram mais de um mês selecionado imagens de Luiz Gonzaga, Luís Cotrim e de episódios das décadas de 60 e 70 para mostrar no Felisquié; o artista plástico tropicalista Dicinho estava radiante com o evento, que trouxe para o município nomes relevantes da literatura brasileira  como o escritor Mouzar Benedito e o  presidente da União Brasileira de Escritores, jornalista   e escritor Joaquim Botelho. Entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro a cidade de Jequié  sediou  a primeira edição da Festa Literária do Sertão de Jequié – Felisquié, que teve  como tema central  “O  regional que se torna universal”, revelando a força global de ícones da  cultura   nordestina  e discutindo  variados assuntos relacionados a literatura e outras  linguagens artísticas, com curadoria do escritor Domingos Ailton e chancela da UESB e da Academia de Letras de Jequié.

No    primeiro dia do evento já  teve  uma ideia da variedade que marcou  sua  programação. O escritor, jornalista e sociólogo Mouzar Benedito falou sobre mitologia brasileira e lançará uma coleção de seis livros  sobre  mitos ecológicos  da cultura de tradição oral no Brasil:  O Saci - guardião da floresta; A Iara - encanto das águas; O Curupira - nosso gênio das matas; O Caipora - amigo dos bichos; O Boitatá - este mito é fogo!; Lobisomem, Cuca e Mula sem Cabeça - importados e naturalizados. mas  Mouzar não se limitará aos mitos brasileiros.  Ele   abordou  também a história de  Luiz Gama e lançou  ainda o livro  Luiz Gama, libertador de escravos, e sua mãe libertária, Luíza Mahin.  Já o jornalista Carlos Souza Yeshua enfocou  a estratégia mercadológica  de Paulo Coelho que o transformou  no escritor com mais de 100 milhões de livros vendidos e o autor vivo mais traduzido em todo mundo. O tema da palestra foi  Paulo Coelho – O Mago da Literatura. Carlos Souza Yeshua,  fazendo também   o lançamento do livro que contém uma coletânea de artigos intitulado Carta ao Presidente-Brasileiros em busca da cidadania.  A professora Maribel Barreto discorreu  sobre o tema A razão como base para desenvolvimento da consciência  e lançou  seu livro  Ensaios sobre Consciência. 
Uma oficina sobre criação literária de crônicas foi   ministrada pelo escritor e professor  Vitor Hugo Martins. Antes do Passado, o silêncio que vem do Araguaia: memória, verdade e história brasileira  foi  tema da palestra da  escritora Liniane Haag Brum, que contou com a  participação de Diva Santana, do Grupo Tortura Nunca Mais.
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CENTENÁRIO

Os cem anos de  nascimento de Jorge Amado e Luiz Gonzaga e de criação do Jornal A TARDE  foram lembrados  pela Felisquié. O diário baiano  foi   homenageado por conta   de seu apoio a produção literária baiana e por ser fonte de pesquisa para textos literários.  “No romance histórico  que escrevi, Anésia Cauaçu, A TARDE  foi uma das minhas fontes de  pesquisa”, afirma o escritor Domingos Ailton, curador da Festa Literária do Sertão de Jequié- Felisquié. Uma mesa redonda sobre curiosidade do Jornal A TARDE contou  a participação dos jornalistas Carlos Ribeiro, Heloísa Sampaio  e Marjorie Moura, que também representou o veículo.  A dimensão da obra de Jorge Amado foi  abordada em painel com a participação dos escritores e estudiosos dos textos amadianos Gildeci Leite, Adriana Barbosa, Bohumila Araújo e  Domingos Ailton; o professor Erisvaldo Pereira dos Santos falou  sobre Religião de matriz africana  na literatura de Jorge Amado: a propósito do texto "O compadre de Ogum”.  . Já  a produção musical de Luiz Gonzaga  teve  como debatedores o  cineasta  Robinson Roberto,  o jornalista César  Rasec e o músico  Lourival Eça,que cantou um amplo repertório de Gonzagão. Neste painel o   cineasta  Robinson Roberto revelou  imagens e informações inéditas sobre o Rei do Baião. Uma delas mostra o anão, que era de Jequié  e  integrou o trio   musical de Gonzagão,  O poeta e cronista Luis Cotrim,  um dos fundadores da Academia de Letras de Jequié e ícone do mundo literário da cidade, falecido  no último dia 3 de novembro aos 95 anos foi também  homenageado com dois documentários, um  de  Robinson Roberto e outro de Júlio Lucas. Cotrim será homenageado ainda com a entrega da Ordem do Mérito Cultural Luis Cotrim.

Contracultura dos anos 60

            A contribuição de artistas jequieenses   para contracultura dos anos 60  foi  uma tema de discussão por parte dos cineastas    Tuna Espinheira,  Robinson Roberto,  do artista plástico  Dicinho e do  ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo - ANP,  Haroldo Lima. Já o professor Luciano Costa Santos  enfocou  em sua palestra cultura nacional, modernidade e globalização.



Adaptações literárias
O processo de  adaptação de uma obra literária para o teatro, o cinema e a televisão foi  o foco de  discussão de um painel que contou  com a participação dos cineastas Tuna Espinheira e  Guido Araújo    e do ator Robério Lima, que interpretou  “o professor”  no filme Capitães da Areia, de Cecília Meireles, adaptado do romance de Jorge Amado.
Os  escritores Domingos Ailton, Carlos Ribeiro e  Morgana Gazel falaram sobre o poder de transformação da literatura. Poética visual na  internet: a experiência das Concrecoisas  foi   o tema da palestra do jornalista, compositor e poeta  César  Rasec. O processo de produção e circulação de um livro teve  como expositores os escritores Valdeck Almeida de Jesus, Roberto Leal e Carlos Souza.  A jornalista e escritora Rogéria Gomes discorrerá  sobre   fatos relacionados  as grandes atrizes que marcaram os palcos brasileiros. Literatura no contexto atual do Brasil foi  o tema da conferência de encerramento do evento, que terá como palestrante o presidente da União Brasileira de Escritores –UBE, o jornalista e escritor Joaquim Botelho.



Filmes

Não só debates  literários e de outras linguagens fizeram parte da programação da Felisquié. Exibição de filmes de ficção e videocomentários  também compuseram  parte do evento. Foram  exibidos Cascalho, de Tuna Espinheira, Cine Jequié e Luís Cotrim , de Robinson Roberto, Ambiente Natural e Memória de Contendas do Sincorá e O Candomblé na Cidade de Jequié, de Domingos Ailton,  Testemunho de um leitor de Jorge Amado, de  Carlos Pronzato,  Caçadores da Alma, de Silvio Tendler e Luis Cotrim – Poeta Dourado, de Júlio Lucas.


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