As vendas externas alcançaram em fevereiro US$ 657,3 milhões, inferior em 28,3% a igual período do ano passado. O mês de fevereiro passa pela entressafra dos produtos agrícolas,
principalmente da soja, ocasionando a diminuição das exportações. No
mês passado, a Bahia atingiu o menor volume de exportações para o mês
desde 2010. Os
preços médios dos produtos exportados pelo estado aumentaram no mês
9,5% comparados com igual período de 2012, o que impediu que a queda nas
receitas fosse ainda maior, já que o volume físico embarcado recuou
34,5%. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e
Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento
(Seplan).
Embarques
extraordinários do principal produto da pauta de exportação do estado, o
óleo combustível, em fevereiro do ano passado, explicam a queda
acentuada nas vendas ao exterior no segundo mês deste ano. A redução nas
vendas do produto que correspondeu a 69,5% do total da queda nas
exportações baianas em fevereiro foi
provocada pelo aumento da produção mundial, que reduziu a demanda pelo
óleo brasileiro, e pela queda nos preços médios do produto em 7,4%,
comparado a igual mês do ano passado. Também houve queda significativa
nas exportações de ouro (-61,3%); algodão (-57%); café (-68%) e
automóveis (-25,7%), dentre os setores mais importantes.
No
bimestre, as exportações baianas são lideradas pelo setor de papel e
celulose com vendas de US$ 293,3 milhões e crescimento de 13,2% e pelo
setor químico/petroquímico com US$ 286,6 milhões e incremento positivo
de 13,8%. No total, entretanto, as vendas acusam redução de 22,7% - US$
1,34 bilhão contra US$ 1,73 bilhão no mesmo período de 2012.
A
maior contração ocorreu nas vendas para as Antilhas Holandesas,
principal destino das vendas de óleo combustível (-83%). Também houve
queda significativa nas exportações para a Argentina (-16,3%), principal
destino dos manufaturados, e para a União Europeia (-13%).
As
importações em fevereiro também caíram 21,5%, principalmente de nafta,
automóveis e borracha, chegando a US$ 360,1 milhões. No bimestre elas
caíram menos (-15,9%), chegando a US$ 940,4 milhões com o crescimento
das compras originárias dos EUA (+120%), principalmente de produtos
químicos e bens de capital. Cresceu ainda a importação de produtos da
China (+18,6%), da Argélia (38,8%) e da União Europeia (20%).
Ascom3115-4729