Fundamentados na Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, os cálculos de Marcelo Neri mostram que, de
2003 para 2009, caiu de 57 mil para 37 mil o número de armas vendidas. A
queda foi maior do que 30% no Sudeste, e superior a 50% no Norte e no
Nordeste. Na Região Sul houve aumento nas vendas (21%).
Ao traçar o perfil do comprador de armas no Brasil, o presidente do
Ipea apontou que os homens têm oito vezes mais chances de comprar uma
arma de fogo do que as mulheres. Outra característica é a idade: homens e
mulheres de 20 a 29 anos têm a proporção 172% maior de compra do que a
população 20 anos mais velha.
Os analfabetos e os consumidores com até três anos de estudo compram
duas vezes mais do que os passaram mais de 12 anos na escola. Pertencer à
classe C é outro traço do perfil apontado pelo levantamento. A
proporção de compra de armas supera em 7,5% a dos enquadrados nas
classe AB e em 103% os da classe E.