O Programa Mais Médicos registrou 18.450 profissionais inscritos. Do
total, 1.920 se declararam estrangeiros de 61 nacionalidades, cerca de
10% do número de inscritos. A maioria dos estrangeiros é espanhol,
argentino e português. Os municípios que aderiram ao programa somam
3.511. Juntas, essas cidades apresentam demanda por 15.460 médicos para trabalhar na atenção básica.
Dos inscritos, 3.123 médicos entregaram os documentos necessários.
Os 15.327 restantes ainda estão com pendências na inscrição. Os médicos
brasileiros tem até a meia-noite de domingo (28) para finalizar o
cadastro, corrigir inconsistências e concluir a entrega dos documentos.
Os estrangeiros terão até 8 de agosto para entregar os documentos.
Dos inscritos, há 1.270 que são médicos residentes que terão de formalizar o desligamento de programas de especialização para homologar a participação no Mais Médicos.
No dia 1° de agosto, será divulgada a relação de médicos com
registro válido no Brasil e a indicação do município designado para cada
profissional. Eles terão que homologar a participação e assinar um
termo de compromisso até 3 de agosto.
Todos os profissionais serão avaliados e supervisionados por
universidades federais. Na primeira etapa, 41 instituições, de todas as
regiões do país, se inscreveram no programa.
O ministro informou que o segundo mês de adesão ao Mais Médicos terá
início no dia 15 de agosto. As inscrições para médicos serão contínuas,
ao contrário das inscrições para os municípios, que terminam no próximo
mês. Lançado em julho, por medida provisória, o Programa Mais Médicos
tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na
atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia
das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério
da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.
O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais
estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam
totalmente preenchidas por brasileiros. A medida tem sido criticada por
entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a
revalidação do diploma de médicos de outros países.