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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tem gente preocupada com a cabocla

Ah! Foram muito bons os dias que passei na minha terrinha, com todos os irmãos reunidos, revendo os parentes, abraçando os amigos. Relembrei fatos, ‘pintanças’ e dengos da infância; emocionei ao passar por lugares onde vivi o primeiro amor; passo com saudade pelo Centro Educacional, onde fui secretária logo após me formar em professora. Adorava lidar com os estudantes ‘capetinhas’. Muito jovem, eu os compreendia e intimamente partilhava das aventuras. Foram bons momentos de celebração desta coisa boa que é a Vida.
Aprecio ver as coisas pitorescas da terra: a bicicleta com um auto-falante faz publicidade pelas ruas. E o casal de noivos que, tendo acabado de dar o ‘sim’, resolveu percorrer as ruas de carroça, com os nubentes devidamente paramentados: vestido branco longo e terno preto. Eram duas carroças arrastando latas, uma com os noivos e outra com os convidados alegres cantando e tomando ‘todas’. Um babado!
Descobri ainda que lá tem um time chamado ‘Trairagem’. Tem que ser na minha cidade... Mas agora, quando o meu Bahia me enfezar, vou torcer pelo Trairagem. O nome é bem sugestivo, não é, queridinhas? Serei a décima torcedora do time, com muita honra. Comigo agora, completou a lotação da Kombi para levar a torcida ao campo. Que veneno! He-he!
Voltei, com o meu irmão Paulo, passando por Ilhéus, fazendo uma visita à amiga Sonia Rosa, minha colega desde o primeiro ano ginasial, percorrendo a cidade – que continua linda, apesar de maltratada – vendo a beleza do Cristo Redentor ilheense e do seu entorno, indo ao Pontal, donde se tem uma bela vista de Ilhéus, depois Malhado, para pegarmos a Linha Verde.
É uma estrada que sempre deslumbra pelas suas paisagens paradisíacas, cidades acolhedoras, artesanato criativo, comidas gostosas, povo afável e carinhoso. Passamos em Taperoá para pegar umas mantinhas defumadas. E lembrei – com carinho e saudade – da minha querida médica e amiga, Fátima Guimarães, que nos deixou tão cedo este ano.
Foi ciceroneada por Fátima que conheci o caldo de caranguejo e o Morro de São Paulo. Depois, com um barco à disposição, ela nos levou para conhecermos as praias da redondeza, Boipeba, Cova da Onça e outras. Descanse em paz, amiga! A sua lembrança sempre enternecerá os nossos corações.
Seguimos para uma deliciosa moqueca de mariscos em Valença. E depois, ferry. Ao chegar e ver que não tinha fila no ferry-boat, quase caio dura, batendo as pernas surpresa. Embarquei logo e, em menos de uma hora, já estava do lado de cá. O ferry Ivete Sangalo é um luxo só, bonito e gostoso que nem ela. Sem zoeira de motor, sem manobras no mar... nada. O ‘bichão’ liga e vem de ré mesmo até aqui, mansa e rapidamente. Milagre de Ivetinha!
Parece que acabou o sofrimento. Agora valeu! Parabéns, governador! É uma crueldade deixar a belezura da linha verde – por problemas com ferry – para pegar o trânsito intenso da BR 101 além de rodar cem quilômetros a mais. Ninguém merece! Vou amanhã para o desfile dos caboclos e agradecerei mais esta ‘graça alcançada’.
Coitado dos caboclos. Eles devem estar se vendo doidos com pedidos de políticos, de proteção aos mandatos e às contas bancárias, acho eu. Nosso povo, habitualmente tão acomodado, resolveu levantar do berço esplêndido e sacudir a corrupção com braços fortes. Tem mais de uma década que nós, os alcunhados ‘classe média’ ou ‘zelite’, só servimos para trabalhar e pagar impostos. Sem nada em troca. Quando fazem uma estrada, cobram pedágio. E nós, otários, pagamos sem chiar. Aqui, no Litoral Norte, são quase sete reais para ir, o mesmo tanto para voltar. Uma extorsão, um assalto! E todo mundo, piu, caladinho!
E para que serve, para onde vai o IPVA altíssimo que pagamos todos os anos? E o IR e os outros impostos embutidos em tudo que compramos? Até que enfim, o gigante pela própria natureza acordou. E ganhou as ruas! Mostrou que não foge a luta. E vai lutar por segurança, por respeito a coisa pública, por Educação de qualidade, Saúde e Decência em todos os setores.
A minha geração lutou contra a Ditadura. E são estes nossos ‘guerreiros’ que hoje estão no poder. Lamentavelmente, eles se prostituíram, se deixaram seduzir pelas benesses do poder e esqueceram os ideais como nunca antes neste País. Perdemos uma batalha, mas ainda não perdemos a guerra. O gigante está desperto. Novos guerreiros chegam. Esperança ainda existe! Vamos esperar ‘a volta da cabocla’!
E comemorar este momento especial erguendo um brinde ao Brasil, aos Caboclos, ao Cristo de Ilhéus. Tintim! E vamos saborear esta salada árabe, o Tabule, que é uma delicia. E muito saudável como deverá ficar o nosso país. É receita de Mauro Rebelo, postada por Fabiola.

Tabule
Ingredientes
-- 1 xícara (chá) de trigo para kibe
-- 1 abobrinha picada
-- 1/2 pimentão vermelho
-- 1 cebola média em rodelas finas
-- 1/2 xícara de uvas passas pretas
-- 2 discos de pão sírio "tipo pita"
-- Folhas de hortelã picadas a gosto
-- Sal, azeite e limão a gosto
Modo de preparo
-- Primeiramente, colocar o trigo de molho, com água que cubra o trigo (de preferencia aquecendo a água). Deixar por mais ou menos 40 minutos.
-- Cortar os discos de pão sírio (em 12 triângulos), e dispor em uma assadeira regados com azeite. Colocar para torrar em forno 180º até ficarem crocantes. Deixar esfriar e reservar.
-- Cortar as cebolas em rodelas e deixar de molho na geladeira em um recipiente com uma parte de água e uma parte de leite. (Elas ficarão crocantes e mais adocicadas). Depois, escorrer e dar uma lavadinha com água. Reservar.
-- Cortar a abobrinha e o pimentão em cubinhos. Numa frigideira, com um pouquinho de azeite, saltear os vegetais para cozinharem um pouco. Ficarão al dente. Corrigir o sal, deixar esfriar e reservar.
-- Prontinho, agora é só deixar escorrer toda a água do trigo apertando bem com as mãos e em seguida misturar todos os ingredientes. Regar com azeite e corrigir o sal.
Dicas preciosas: é preferível que o pão sírio seja colocado apenas na hora de servir, senão vai murchar.
O tabule com limão é formidável, mas também deve ser colocado na porção que for consumida na hora, do contrário ele vai amargar.Material extraída da Tribuna da Bahia.