Em Jequié os trabalhadores dos Correios ligados à Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), estão
acampados enfrente a Agência local.
A secretária-geral da Fentect, Anaí Caproni, espera a adesão de cerca de 80
mil trabalhadores à paralisação nacional. “Precisamos esperar as assembléias,
mas há indicação de que a greve vai ser deflagrada”, disse Anaí à Agência
Brasil. Os trabalhadores estão em greve em alguns estados desde a
última quarta-feira (11).
A proposta da empresa, que já foi já aceita pelos sindicatos do Rio de
Janeiro, de São Paulo, Bauru (SP) e Rondônia, prevê reajuste de 8% nos
salários, e 6,27% a mais nos benefícios. Os Correios também oferecem o
pagamento de um vale extra de R$ 650 em dezembro e vale-cultura dentro das
regras do programa do governo federal.
Para os trabalhadores, a oferta é insuficiente. “A proposta dos Correios
está muito aquém do pedido pelos trabalhadores”, diz Anaí. Segundo ela, a greve
será por tempo indeterminado, até a empresa apresentar uma oferta satisfatória.
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Correios (Findect), outra entidade que representa os trabalhadores dos
Correios, não compareceu à audiência no TST e encaminhou petição informando que
os sindicatos filiados a ela já haviam celebrado acordo com a empresa estatal.
De acordo com a direção dos Correios, 98,73% dos empregados (122.889)
compareceram normalmente ao trabalho nesta terça-feira, apesar da paralisação
mantida por seis sindicatos (Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Tocantins,
São José dos Campos e Vale do Paraíba).