O ano de 2014 iniciou com boas notícias para a mineração baiana. Este mês, o Ministério de Minas e Energia (MME) outorgou à Vanádio de Maracás S.A., do grupo canadense Largo Resources, concessão definitiva para a exploração de minério de vanádio, no município de Maracás, no sudoeste da Bahia. A primeira mineradora de vanádio das Américas representa investimento de R$ 555 milhões, com a estimativa de produzir inicialmente 5,1 mil toneladas/ano de pentóxido de vanádio.
Implantada em uma área de 239.700 m², a mina entra em escala de produção, em março próximo, e transformará a Bahia no maior fornecedor de vanádio do mundo - o minério é utilizado em foguetes espaciais, aviões e trilhos de trem. O projeto do grupo canadense foi considerado, em 2013, o negócio da mineração do ano da América Latina ao conquistar o prêmio ‘Project Finance Deal of the Year’, concedido pela Euromoney, em Nova Iorque.
Novos investimentos
A poucos dias de começar a operação industrial, a Largo Resources já vislumbra a ampliação dos investimentos em Maracás. “Novos investimentos estão projetados para o ano que vem, com o aumento da produção de pentóxido de vanádio para 7,5 mil toneladas/ano. Em 2016, devemos processar também o ferro-liga de vanádio”, afirma o diretor-executivo do grupo no Brasil, Kurt Menchem.
“São projetos que resultam da aposta correta que o Governo da Bahia fez na mineração. Além da outorga da lavra para o vanádio, em Maracás, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, assinou as autorizações das outorgas definitivas para o ouro da Yamana Gold, em Santa Luz, e do ferro da Bamin [Bahia Mineração], em Pindaí e Caetité. Com a conclusão das obras da Ferrovia [de Integração] Oeste-Leste, prevista para 2016, outros empreendimentos irão surgir”, afirma o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.