A presidente da Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE) Profª.
Moana Meira apresentou na reunião
ordinária do Conselho Comunitário de Jequié (CCJ), relatório das atividades
desenvolvidas pela entidade. A reunião aconteceu no dia 02 de abril
(quarta-feira), no prédio sede da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL).
A APAE é uma instituição beneficente, de
Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal mantida através de
contribuições advindas tanto de pessoas jurídicas (públicas ou privadas) quanto
físicas e que atende atualmente 326 pessoas, sendo crianças, adolescentes e
adultos. Criada em 20
de setembro de 1979, tem como objetivo defender as causas referentes aos
direitos constitucionais dos portadores de necessidades especiais prestando a
eles todo o tipo de assistência social, cultural, terapêutica e educacional.
A profª. Moana Meira informou que, mesmo
contando com os repasses federais, estaduais e municipais nem sempre pontuais e
com a contribuição mensal de cerca de R$ 830,00 de seus 57 associados, ainda
enfrenta grandes dificuldades devido aos
atrasos de repasses e também a falta de recursos. Mencionou que as dificuldades
para gerir essa importante entidade podem se tornar ainda maiores, pois a APAE
pode sofrer grande prejuízo financeiro devido a um processo trabalhista movido contra a
entidade por uma fonoaudióloga que lá prestava serviço, já perdido em primeira
instancia. Disse que advogado da APAE entrou com um recurso e para isso teve
que efetuar um pagamento de sete mil e quinhentos reais, valor este que foi
emprestado por uma colaboradora. “Se a APAE perder a causa, a instituição não
possui fundos, nem fonte de recursos para efetuar o pagamento e que provalmente
os bens da instituição serão sequestrados inviabilizando o atendimento e
levando a mesma a fechar as portas e mandar para casa mais de trezentos alunos
lá atendidos”, esclarece.
O Presidente do CCJ, Dickson Magno, colocou o
Conselho à disposição da entidade e disse que o processo trabalhista poderá onerar
consideravelmente os recursos da Instituição, podendo inclusive recair sobre o
patrimônio (estrutura física e equipamentos para execução dos serviços) e com
isso colocar em risco a sua própria existência. “O CCJ está à disposição para a
elaboração de campanhas de arrecadação de dinheiro no sentido de viabilizar o
pagamento da dívida e também de ampliar a captação de recursos para custeio da
entidade. É também necessário rever os contratos existentes para que a APAE não
sofra outros processos”, concluiu.