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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Nota de repúdio: Jornalista tem intimidação na Bahia

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da
Bahia (Sinjorba) manifesta repúdio e preocupação, e solicita
providências ao Governo do Estado da Bahia, Secretaria de Comunicação,
Secretaria da Segurança Pública e Comando da Polícia Militar da Bahia às
tentativas de intimidação praticadas contra jornalistas dos jornais
Correio e A Tarde envolvidos na cobertura do desaparecimento de Geovane
Mascarenhas de Santana, 22 anos, ocorrida no dia 02/08/2014, e que foi
visto pela última vez ao ser filmado quando era agredido e colocado numa
viatura por policiais militares da Companhia de Rondas Especiais Baía de
Todos os Santos (Rondesp/BTS).

Um dos jornalistas recebeu solicitação para que se identificasse durante
entrevista coletiva concedida pelas autoridades policiais, na última
sexta-feira, dia 15/08, e foi surpreendido com a declaração de que "é
muito bom saber quem escreve sobre a gente". Repórteres do Correio
receberam telefonemas na redação do jornal de dois homens que se
identificaram como policiais militares e que parabenizaram pela
reportagem, mas alertaram que "todos deveriam ter muito cuidado porque a
tropa está com sangue no olho". Fonte de um jornalista também alertou
que "a tropa está muito revoltada e era preciso cautela".


A direção do Correio encaminhou ofício ao secretário Maurício Barbosa
informando sobre os fatos havidos na redação.

Os jornalistas envolvidos na cobertura realizaram seu trabalho de forma
ética e responsável, não generalizando uma ação isolada praticada por um
grupo de policiais que agiram contrariando as leis que regulam a
atividade da Polícia Militar. Assim, não existe qualquer justificativa
para qualquer forma de insatisfação por parte de integrantes da PM, a
menos que esses comunguem com atos que vêm sendo investigados e
repudiados pela própria corporação.

O livre exercício do jornalismo é inerente à democracia brasileira e
garantido pela Constituição do Brasil, cabendo às autoridades a garantia
de segurança e o respeito à integridade física e moral dos profissionais
de imprensa.

O Sinjorba está atento a esses fatos e encaminhou alerta à Federação
Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à Federação Internacional de
Jornalistas (IFJ) e à Federação de Jornalistas da América Latina e
Caribe (Fepalc).


Salvador, 18/08/2014.


Marjorie Moura
Presidente do SINJORBA