A tradição medieval do trote, revestida da justificativa falha de “ritual de passagem”, ainda é uma das grandes preocupações das universidades brasileiras. Com origem na Idade Média, a prática chegou ao Brasil por volta do século 19, quando formados em Direito na cidade de Coimbra (Portugal) trouxeram a prática para os cursos de São Paulo e Pernambuco.
O próprio termo “trote” é uma alusão ao movimento de trotar dos cavalos, evidenciando, claramente, o desejo de “domesticar” que os estudantes mais antigos desenvolvem, por meio de práticas vexatórias e dolorosas, com os recém-chegados. Mas essas práticas vão além dos danos físicos e costumam também danificar o psicológico de diversos estudantes que estão iniciando sua vida acadêmica.