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sexta-feira, 29 de março de 2019

22 de Março de 2019 - Foi o ensaio pra Greve Geral no Brasil!




By Joilson Bergher

Está na história -, desde 1996, não há uma greve consistente no Brasil, de grandes proporções. Marcante o fato de a primeira greve geral do país, ter se dado há mais 100 anos, foi iniciada por mulheres e durou 30 dias. Em junho de 1917, décadas antes da consolidação das leis trabalhistas no Brasil, cerca de 400 operários - em sua maioria mulheres - da fábrica têxtil Cotonifício Crespi na Mooca, em São Paulo, paralisaram suas atividades. “Eles pediam, entre outras coisas, aumento de salários e redução das jornadas de trabalho, que até então não eram garantidos por lei. Em algumas semanas, a greve se espalharia por diversos setores da economia, por todo o Estado de São Paulo e, em seguida, para o Rio de Janeiro e Porto Alegre. Era a primeira "greve geral" no país”. Mas uma das principais diferenças entre aquela e a greve geral convocada para esta sexta-feira, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, é que, em 1917, ela não foi anunciada como tal, disse à BBC Brasil o historiador Claudio Batalha, da Unicamp”. É importante esse recorte da história para aproximar da nossa história atual, principalmente, no campo da educação.
No caso especifico de Brumado, parte da categoria atendeu ao chamado do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (Aplb/Sindicato -Delegacia de Brumado) -, “atendendo a convocação das centrais sindicais, respaldada por trabalhadores em Educação das redes estadual e municipal, realizou um ato público na plenária e em frente à Câmara de Vereadores de Brumado, nesta sexta-feira (22) contra a reforma da previdência, com a bandeira “Se botar para votar, o Brasil vai parar de novo”. O movimento, que aconteceu paralelo a outros em todo o país, tem ou teve como objetivo, de acordo com os manifestantes, alertar a população, ampliar o conhecimento sobre essa proposta de reforma, chamando ainda a atenção dos deputados e senadores que vão votar efetivamente esta proposta, para que possa haver alterações que atendam positivamente todas as classes”. E mais, estamos construindo a maior greve geral que o Brasil irá viver nos próximos dias em defesa da vida, e a luta constante contra a reforma trabalhista que altera a constituição fazendo prevalecer o combinado sobre o legislado, a PEC do Teto congelando por 20 anos os investimentos em saúde, educação, saneamento e outras áreas importantes para a população, a lei das terceirizações, que ampliou a possibilidade das empresas terceirizarem as atividades fim, várias privatizações nas áreas de aviação, petróleo, energias entre outras.
Que fique claro pro Brasil. Todas essas medidas, desde o governo Dilma vem sendo organizada por dentro do Estado pela elite rentista organizada dentro e fora do país, e se utilizando de todo sistema de imprensa, e da própria burguesia rentista e do poder judiciário servil, organizadora da prisão política do ex-presidente Lula e a retirada de sua candidatura das eleições de 2018. A nosso ver, o golpe foi fortalecido e as portas para a vitória de JB-17. Toda essa manobra constitui-se num claro e óbvio golpe, numa farsa, numa fraude eleitoral – talvez a maior da história do Brasil – e a cada passo do governo ilegítimo, surgido dessa manipulação, avançando contra os direitos da classe trabalhadora essa realidade vai se revelando. É bom ter em mente que no discurso fala-se no combate aos privilégios...quais? Atacando o BPC, os trabalhadores domésticos, petroleiros, o SUS, a pequena agricultura, o homem do campo e as linha de créditos nos bancos oficiais, e sobretudo, elegeram os educadores como os inimigos de classe de um governo fantoche, sem lastro, atrapalhado, sem rumo e noção alguma do que seja o Brasil e toda a sua complexidade seja no campo cultural, político, social, antropológico, histórico, a tal ponto de quererem controlar o debate das ideias em sala de aula, não conseguirão.
Nos movimentos do dia 22 de março de 2019, ficou claro por todo o País que atacar privilégios de pobres e trabalhadores será um erro crasso, um crime de lesa-pátria contra quem de fato constrói o Brasil. Portanto, combater privilégios, e reequilibrar as contas, necessariamente passa por cobrar das empresas que devem ao país. Segundo “O relatório final da CPI da Previdência mostra que empresas privadas devem cerca de R$
450 bilhões à previdência, dentre elas a JBS, o Bradesco, Lojas Americanas e a Vale. Estima-se que somente R$ 175 bilhões são recuperáveis. Isto é, as empresas devem, dão calote e são os trabalhadores que pagam a conta (...) o desemprego aumentou para 12% e já atinge 12,7 milhões de pessoas. A reforma da previdência também não veio sozinha. Com a reforma trabalhista ficou mais difícil contribuir. O emprego estável é uma realidade distante para os brasileiros”. In -Jornal Brasil de Fato, acesso em 25 de março de 2019.
Está na ordem do dia, para os trabalhadores do campo e da cidade, só uma grande mobilização como ocorrera em 2017, com várias greves na pauta conseguimos engavetar aquela proposta de reforma. Agora de novo, só uma grande mobilização em 2019 é possível derrotá-la novamente.
Davino do Nascimento Silva, professor, militante social, produtor de cinema, educador das Redes Estadual e Municipal na cidade de Vitória da Conquista, ainda no domingo, resumiu com a percepção bastante esclarecedora sobre o grave momento dos trabalhadores no País, na verdade, uma denúncia a total situação de humilhação imposta a nós com o apoio imoral da mídia, toda a mídia corporativista -, “O Fantástico não fará cobertura aos protestos dos movimentos sociais e centrais sindicais no combate à reforma da previdência que aconteceu em todo o país na última de sexta feira 22/03. Também não dará destaque ao clima tenso entre Rodrigo Maia e o ministro Moro. O programa resolve trazer mais uma vez as peripécias mediúnica e sexuais de João de Deus como se fosse tudo novidade, além de explicar de forma didática o processo do pai da corrupção que durante 40 anos lidera um processo de desvio de verbas públicas das usinas nucleares Angra III. Esse seria o principal motivo da urgência da badalada prisão do sogro do presidente Maia. Não, não foi revanche ou queda de braço, a desgastada operação Lava 2,7 bilhões da Petrobras. A globo foi decisiva em tornar invisível o peso dos protestos dos trabalhadores”. Precisamos desenhar? Nos parece que não...