Por Joilson Bergher, Professor da Área de Humanidades!
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Hoje em Brumado mais outra prova bem clara do tratamento dado aos educadores da rede pública municipal. Foram derrotados num pleito legítimo previsto em dispositivos do Plano de Carreira dos Educadores que nos dão o direito de votar nas direções das escolas desse município. Trata-se do Projeto de Lei-N° 026/2019* - que "Dá nova redação e revoga dispositivos da lei municipal 1.780, de 22 de setembro de 2016 - Plano de cargos, carreira e remuneração dos profissionais do Magistério do município de Brumado, e dá outras providências". Importante destacar que os educadores em massa compareceram à Câmara de Vereadores, pra ver in-loco a grande maioria de vereadores mudos, sem coragem nem pra falar, no flagrante acinte contra a educação pública dessa cidade. Três exceções apenas, do nosso lado, o vereador José Ribeiro, do Partido dos Trabalhadores, a vereadora Ilka Abreu e o vereador Lek e, um outro que se absteve dessa votação! Essa votação contrária as eleições nas escolas, ensejou um desalento, uma revolta generalizada da categoria. Quem são os derrotados? Os educadores, os pais dos alunos, os alunos...ou uma Gestão que tem em seu lema -, Educar para libertar"? Em sua fala, na Tribuna Livre, a professora Vanusia Lobo, Coordenadora da Delegacia Sindical da APLB, visivelmente emocionada, mas constrangida com essa votação, lembrou aos vereadores dessa casa legislativa, que não deve ser tranquilo ser vereador(a) e não ser livre pra votar de acordo as vossas consciências, lembrou aos vereadores (a) que não deve ser tranquilo votar com a chibata no corpo...foi um silêncio ensurdecedor! Em outra fala, a do professor André, diretor da APLB, lembrou a todos nós que se o lema da prefeitura é "Educar para Libertar" é imperativo que se mude para "Libertar para Educar"! A pergunta feita pelos educadores: Por que tanto medo de eleições nas escolas? Acaso os gestores dessas escolas não têm que ter a devida autonomia para gerenciar projetos, tomar decisões...sem precisar dessa ou daquela autorização governamental? Acaso os Gestores dessas escolas têm que pedir a devida autorização pra serem autônomos?
E mais, esse ou aquele gestor precisa dos votos dos pais, tios, tias, avós, irmãos, sobrinhos dos alunos pra se eleger, ou re-eleger-se se for o caso aos cargos da política, todos eles, mas ter o voto a nosso favor dentro das escolas, não pode? Em Brumado, não pode! Por enquanto, não. Aos educadores que em massa foram à câmara ficou o recado, a lição pra ser entendida, compreendida, e dialogada com paciência e honestidade com seus alunos, país de alunos, que pra libertar uma comunidade, uma vila, uma cidade, a luz tem que estar acesa permanentemente com o interruptor ligado no umbral de Vossas Consciências. Foi uma Vitória de Pirro, com desdobramentos não muito satisfatórios, principalmente aos senhores vereadores que têm a todo momento nos desafiado, desde a época em que diminuíram a Licença Maternidade das trabalhadoras do município de Brumado! Brumado chegará a outra era, novos dias virão, vindo a galope, rápido, muito rápido, rápido demais.