A pandemia da Covid-19 e o trabalho remoto provocam um efeito perverso na saúde mental. Além do medo de se contaminar, o trabalhador e trabalhadora tem de lidar com as cobranças intensas da empresa. Não há mais horário para nada. É preciso ficar conectados 24 horas por dia, de domingo à domingo.
Há 15 meses isolado em casa, com poucos contatos. Sem lazer na “velha roda de amigos”. E, para completar, o tempo todo dedicado ao trabalho. Sem perspectiva de retomar a rotina, por conta da negligência e da necropolítica do governo
Bolsonaro, muita gente tem desenvolvido quadro de depressão, ansiedade ou síndrome de Burnout – esgotamento físico e mental intenso.
O cenário coloca o Brasil na segunda posição entre os países das Américas com o maior número de pessoas com depressão, com 5,8% dos habitantes acometidos pela doença. O primeiro da lista são os EUA, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
O índice de pessoas com ansiedade também preocupa. Hoje 9,3% sofrem com o problema. Os dados sinalizam para uma situação preocupante, que piorou com a crise sanitária e o trabalho remoto. Estudos preveem um aumento expressivo do número de quadros ligados ao sofrimento mental pós-pandemia. Em 2000, já se previa que a depressão seria uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo até 2030, mas a pandemia e o teletrabalho anteciparam o quadro catastrófico.
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