Descrito em oito capítulos, trezentas e quarenta e uma páginas, Antônia Onça e o Mestre em Amansar Brancos (Trajetória e saberes indígena e africanos no sertão da Bahia) é contado sob a ótica e o lugar de pertencimento, de identidade de quem um dia descobriu a origem da pele avermelhada do avô, seu Nicanor.
Washington Nascimento, neto de seu Nicanor é natural de Jequié, criado na cidade de Maracás utiliza seus conhecimentos como historiador e antropólogo para dedicar-se à análise histórica da presença do índio e do negro no Centro-Sul baiano, especialmente em Jequié, Maracás, Rio de Contas e Vitória da Conquista. O autor nos conta como os caminhos e saberes dos indígenas e dos negros se entrelaçam sem que estes percam sua essência.
Trazendo importantíssimas contribuições de vários escritores, pesquisadores, historiadores e antropólogos, além de ricos relatos de personalidades locais, Antônia Onça e o Mestre em Amansar Brancos é um convite a todos que desejam conhecer um pouco mais a história da região e seus povos.
“História e Antropologia se aliam nessa obra...” “...os africanos e seus descendentes têm seus saberes, especialmente os litúrgicos demonizados”. “Os indígenas foram expropriados, vivendo ainda hoje em constante luta pela terra.” É o que afirma a professora, doutora Marise de Santana no prefácio do livro.
Quem tiver o privilégio de ler a obra descobrirá com prazer a riqueza que carrega e, quem sabe, ampliará seus conhecimentos e desconstruirá ideia e preconceitos enraizados.
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