( Rita de Cássia Vieira)
Eis que chegamos aqui! Ao século XXI, 8 de março de 2023. Somos resultado da luta, da coragem, da força e da determinação de nossas antecessoras, mulheres que mudaram o mundo.Por muito tempo, sufocadas por uma sociedade patriarcal, quiseram impor ao universo feminino a condição de submissão e resiliência. Ideologicamente era conveniente acreditar que os afazeres domésticos e o cuidado com a família seriam as nossas únicas funções. Estávamos predestinadas à obediência e à procriação e, para escapar dessa dominação, éramos obrigadas a exercer o nosso poder nos bastidores, e, assim, criar movimentos próprios ao longo da história.
Com isso nos tornamos mais fortes, mais ágeis e muito mais poderosas. O nosso poder foi se constituindo em tempo polissêmico de conotação política, que aprendeu a dialogar com o Estado e através de estilhaços de fragmentos múltiplos conseguimos penetraram a couraça do patriarcado.
Daí por diante entendemos que não há limite para nós e, como mulheres de poder, é possível conquistar o que quisermos e quando quisermos, uma vez que o nosso tempo se tornou polissêmico também.
Somos mulheres e sempre soubemos ser seres incríveis no lastro de nossa história. Tendo por exemplo, Dandara, Maria Quitéria, Nízia Floresta, Chiquinha Gonzaga, Madalena Caramuru, Anita Garibaldi, Carolina Maria de Jesus, Cecília Meireles, Cora Coralina, Maria da Penha e tantas outras Marias, Margaretes e Sônias com sangue Guajarara ou não, que se construíram na poesia, versadas de muita luta e coragem, vestidas pela cor da força e do talento, para se tornarem mulheres extraordinárias.
É inspiradas em mulheres como elas, que nos tornamos mulheres de poder e, ao seguir a intuição de seus passos, vislumbramos novos sonhos e conquistas. Imersas na divina essência da alma feminina, que nos torna mais determinadas, corajosas e repletas de humanidade. Nos tornamos Mulheres incríveis que sabem enfrentar desafios e se reinventar diariamente.
Que todos os dias possamos ser como a “moça tecelã” de Marina Colasanti, com seus bordados e “desbordados” a vislumbrar novas possibilidade de tecer um recomeço a cada manhã que se renova.
Um Feliz Dia Internacional da Mulher!
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