A Academia de Letras da Bahia já deu início às suas homenagens à data festiva, em parceria com as demais Academias baianas, através da RICA- Rede de Integração das Academias de Letras da Bahia. Já se pode ver em 5 logradouros da cidade um outdoor alusivo, com a imagem da Índia (foto de Everaldo Oliveira) e a frase emblemática do poeta Ladislau Titara (1801-1861), parte do Hino ao 2 de julho:
"Com tiranos não combinam brasileiros corações".
A homenagem da ALB culmina com uma Solenidade do Bicentenário, a realizar-se em seu auditório, no dia 29 de junho, às 19h. Nessa noite, o professor e pesquisador do Departamento de História, da University of Calgary, do Canadá, proferirá uma conferência sobre o tema:
"A festa negra: escravizados, africanos e afrodescendentes na comemoração do 2 de Julho, 1824-1888".
Com uma vasta pesquisa sobre os arquivos que guardam documentos da guerra da Independência do Brasil na Bahia, o conferencista Hendrik Kraay fez doutorado em História na University of Texas at Austin (1995) e é professor da Universidade de Calgary desde 1997. Como brasilianista, desenvolve pesquisas sobre
A história do país, inclusive
a festa do Dois de Julho na Bahia. É autor do livro "Bahia's Independence: Popular Politics and Patriotic Festival in Salvador, Brazil, 1824-1900" publicado em 2019. O evento na ALB contará com a presença de cerca de 50 acadêmicos representantes das 33 Academias de Letras de municípios baianos. A parte musical estará sob a batuta do maestro Josevaldo Nin, da Orquestra Sisaleira de Conceição do Coité, que executará os Hino ao 2 de julho e o Hino ao Senhor do Bomfim, além de outras composições populares. Um coquetel afrobaiano será oferecido, por baianas do acarajé.
O presidente da ALB, Ordep Serra, considera muito importante a presença das 33 academias baianas de Letras na celebração e destaca a pertinência histórica do tema abordado pelo conferencista. Segundo Ordep Serra: "O historiador Hendrik Kraay fará uma conferência a respeito das lutas que há duzentos anos culminaram com a afirmação da Independência do Brasil, graças à vitória festejada no Dois de Julho.
As Comemorações prosseguem no dia 30 de junho às 17 h, com a inauguração uma exposição de artes plásticas sobre o tema, na Galeria Cañizares, numa parceria da Escola de Belas Artes da UFBA e a ALB. A exposição, intitulada,
Independência do Brasil na Bahia, 1823-2023"
Segundo Paulo Ormindo, um dos curadores, ao lado de Juarez Paraíso e Nanci Santos Novais:
"A iconografia do 2 de Julho, neste seu segundo centenário, está sofrendo uma verdadeira explosão, com licença da palavra, com esta excelente exposição convocada e organizada pelos Presidente Ordep Serra da ALB e do Diretor da EBA, Prof. Paulo R. F. Oliveira, que reúne cerca de 50 obras de arte nas mais diversas técnicas.
Sobre as Comemorações, o presidente da ALB, Ordep Serra, conclui:
"Os acadêmicos baianos assim afirmam seu compromisso com os ideais de liberdade e democracia que inspiraram os heróis e os levaram ao triunfo na grande efeméride."
A ALJ - Academia de Letras de Jequié marcará presença nas comemorações alusivas ao 2 de Julho, na capital baiana, representada pelo seu presidente, o poeta Júlio Lucas, a escritora Maribel Barreto e o secretário Municipal de Cultura e Turismo, Domingos Ailton, também escritor e membro da ALJ.
PROGRAMA
*SOLENIDADE DO BICENTENÁRIO DO 2 DE JULHO NA ALB*
Academia de Letras da Bahia, dia 29 de junho, das 19h às 22h.
1. Abertura: Saudação de Ordep Serra:
2. Hino ao 2 de julho (Orquestra Sisaleira)
3. Conferência:
"A festa negra: escravizados, africanos e afrodescendentes na comemoração do 2 de Julho, 1824-1888".
Conferencista: Hendrik Kraay, do Departmento de História, University of Calgary, do Canadá.
4 - Encerramento:
Hino ao Senhor do Bomfim
(Orquestra Sisaleira)
5 - Coquetel da baiana do acarajé, com animação dos músicos da Orquestra Sisaleira
Nenhum comentário:
Postar um comentário