terça-feira, 24 de outubro de 2023
Desfile em comemoração aos 126 anos de emancipação política de Jequié
Foto arquivo: Momentos do desfile de 25 outubro de 2010. Aqui mostra a Filarmônica Amantes da Lira. Quem lembra?
Segundo informações, no dia 25, amanhã, com início programado para às 8h, acontece o desfile cívico-militar, que terá a concentração na Praça do Viveiro, no bairro São José, devendo percorrer a Avenida Rio Branco, até o cruzamento com a Rua 2 de Julho. O desfile vai apresentar o tema “Memórias de Jequié na Poética de Waly Salomão”, que será desenvolvido pelos estudantes das escolas municipais e pelos participantes dos projetos culturais, com ênfase no poema “Janelas de Marinetti”, que remonta a personagens e vários fatos do cotidiano da cidade. Às 19h, será realizada na parte externa do Museu João Carlos Borges, na Avenida Rio Branco, um concerto com o NEOJIBA/ Núcleo de Prática Musical Cidade Sol.
O Município de Jequié se desenvolveu a partir da movimentada feira livre que atraía comerciantes de todos os cantos da região, no final do Século XIX. Pertenceu ao município de Maracás de 1860 a 1897. Jequié é originado da sesmaria do capitão-mor João Gonçalves da Costa, que sediava a Fazenda Borda da Mata. Esta mais tarde foi vendida a José de Sá Bittencourt, refugiado na Bahia após o fracasso da Inconfidência Mineira. Em 1789, com sua morte, a fazenda foi dividida entre os herdeiros em vários lotes. Um deles foi chamado Jequié e Barra de Jequié. Em pouco tempo, Jequié tornou-se distrito de Maracás, e dele se desmembrou, tendo como primeiro intendente (prefeito) Urbano Gondim.
A partir de 1910 é que se torna cidade e já se transforma em um dos maiores e mais ricos municípios baianos. Pelo curso navegável do Rio das Contas, pequenas embarcações desciam transportando hortifrutigranjeiros e outros produtos de subsistência. No povoado, os mascates iam de porta em porta vendendo toalhas, rendas, tecidos e outros artigos trazidos de cidades maiores. Tropeiros chegavam igualmente a Jequié carregando seus produtos em lombo de burro. O principal ponto de revenda das mercadorias de canoeiros, mascates e tropeiros deu origem à atual Praça Luis Viana, que tem esse nome devido a uma homenagem ao governador que emancipou a cidade.
Ali veio a desenvolver-se a primeira feira livre da cidade que, a partir de 1885, ganhou mais organização com a decisão de José Rotondano, José Niella e Carlos Marotta, comerciantes e líderes da comunidade italiana, de comprarem todo o excedente dos canoeiros e de outros produtores. Depois da terrível enchente de 1914, que destruiu quase tudo em Jequié, a feira, o comércio e a cidade passaram a desenvolver-se em direção às partes mais altas.
Em 1927, festejou a chegada da "Estrada de Ferro de Nazareth". Já nesse tempo, Jequié era uma das cidades mais importante do Estado e teve no comerciante Vicente Grillo seu grande benfeitor.
Importante episódio da história estadual foi a decisão inusitada tomada pelo então Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Aurélio Rodrigues Viana que, assumindo o governo em 1911, decretou a mudança da capital do estado, de Salvador para Jequié - ocasionando imediata reação do governo federal, que bombardeou Salvador e forçou a renúncia do político que adotara a medida.
Jamais tendo se constituído de fato, o gesto, entretanto, marcou a História da Bahia, como um dos mais tristes, sobretudo por ter o bombardeio da capital provocado o incêndio da biblioteca pública, onde estava guardada a maior parte dos documentos históricos de Salvador.
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