Independência Fantasma é uma intervenção artística urbana em que corpos trans vestindo a bandeira nacional reformulada emulam figuras fantasmagóricas e caminham pela cidade. O pano branco da bandeira sobre seus corpos, para além de ser uma alusão ao movimento Caretas do Mingau, importante manifesto popular na independência da Bahia que ocorre na cidade de Saubara, também age como manto protetor, sendo um manifesto-fantasma anti-vigilância e antiviolência, corpos que assombram, existem e importam na cidade. Ao fim do circuito urbano, as bandeiras saem dos corpos e são reveladas como novas bandeiras nacionais, transicionadas e içadas nos mastros do Museu Municipal de Jequié. A performance proclama um novo hino nacional, uma nova nação, um Brasil em que corpos trans são independentes, como o país, um novo Brasil em que esses corpos não são mortos pela violência alheia, mas se tornam presidentes da república. O projeto ainda conta com uma oficina chamada Fantasmas Aqui: Métodos e Fábulas de Transição no Breu, ministrada por Padmateo, que ocorrerá também no Museu Municipal de Jequié.
A performance tem concepção, direção e performance de Padmateo, também com es performeres Thiala Forte e Rafael Silva, produção geral de Thiago Li, fotografias de Alex Oliveira, Ilustração de Sara Rocha, Design Gráfico de Emília Moura e Trilha sonora de Tecnoplanta.
Este projeto foi contemplado pelo edital Diálogos Artísticos – Bicentenário da Independência na Bahia e tem apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à Secretaria de Cultura (Funceb/Secult-BA).
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