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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Feebbase participa do VII Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro


Realizado na sexta-feira e sábado (10 e 11/11), em Porto Alegre (RS), o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro debateu a conjuntura histórica das relações de trabalho e raciais no Brasil, a participação dos negros e negras no mercado de trabalho, o empoderamento da mulher negra no trabalho e na vida, além das políticas de inclusão de negras e negros no mercado de trabalho.

A diretora de Gênero da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Nancy Andrade, participou do evento, levando importantes contribuições para o debate. “O racismo é um sistema de opressão que nega direitos. Não temos direito à educação de qualidade, não temos direito à moradia digna, nossos corpos são achados pelas balas ditas perdidas. Somos a maioria da população brasileira e somos invisibilizados nos espaços de poder e em cargos de direção. Enfrentamos obstáculos na vida e no mercado de trabalho, como falta de acesso e ascensão profissional. Que possamos combater o racismo no mercado de trabalho com mais contratação de pessoas negras”, declarou Nancy na abertura do Fórum.

Mercado excludente

Durante os dois dias do evento especialistas e militantes da luta antirracista falaram sobre as dificuldades enfrentadas pelo povo negro no Brasil, em especial no mercado do trabalho. De acordo com a técnica do Dieese Vivian Machado, a forma como o mercado de trabalho está estruturado impacta principalmente os negros, e em especial as mulheres negras. “Os negros e negras estão mais desprotegidos no mercado de trabalho (sem carteira, por conta própria, trabalhadores familiares, auxiliares). Temos aí 45,8% de homens negros e 46,5% de mulheres negras em trabalhos desprotegidos”, apontou.

Na categoria bancária, as negras e os negros autodeclarados somam apenas 110 mil trabalhadores, e destes, 11,4% são mulheres. Essa parte dos trabalhadores é também a que recebe os menores salários, evidenciando ainda mais a desigualdade. Enquanto a média salarial das mulheres da categoria em 2021 era de R$ 8.812,11, a das mulheres pretas era de R$ 7.023,55, em média 40,6% inferior à remuneração do bancário branco do sexo masculino. Nos cargos de liderança, o recorte de raça e gênero mostra uma realidade ainda mais absurda: brancos representavam, em 2021, 75,5% dos cargos, contra 20,3% da população preta e parda em cargos de liderança. As mulheres pretas e pardas são apenas 8,8% desse universo.

Propostas para a luta

A plenária final do VII Fórum aprovou a Carta de Porto Alegre, com a definição de bandeiras, gerais e específicas, no sentido de unificar a luta contra o racismo, as desigualdades e as discriminações.

Também foram apresentadas e aprovadas pelos participantes duas moções, uma em apoio ao povo palestino e outra em apoio ao inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal para apurar a responsabilidade do Banco do Brasil na escravidão e no tráfico de negros no século 19.

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