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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Dia Nacional de Luta contra a ELA: saiba como a Esclerose Lateral Amiotrófica atinge o sistema nervoso

Brasil tem estimativa de 2500 novos diagnósticos de ELA todos os anos

A Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida como ELA ou Doença de Lou Gehrig, é caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios motores, células do sistema nervoso central responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários. 21 de junho é o Dia Nacional de Combate à Esclerose Lateral Amiotrófica, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre essa doença neurodegenerativa grave e a apoiar a pesquisa em busca de tratamentos e qualidade de vida dos pacientes.

Stênio Fernando Duarte, professor de Fisiologia Humana no curso de Medicina na Unex Centro Universitário de Excelência de Vitória da Conquista, explica como o corpo é afetado pela doença: “A ELA é uma doença neurológica que afeta as células do cérebro e da medula espinhal. Essas células são aquelas que fazem o controle dos músculos. Numa pessoa com ELA, as células “morrem”, levando à perda progressiva das funções musculares. Isso significa que os músculos enfraquecem com o tempo”.

Duarte, que é biólogo, ainda conta que os portadores da doença perdem a capacidade de realizar movimentos básicos, como andar, falar e, com o passar do tempo, engolir ou até mesmo respirar. Mas, o diagnóstico precoce e acompanhamento médico são essenciais para garantir a qualidade de vida do paciente: “Embora não haja cura para a ELA, existem tratamentos para melhorar os sintomas e a qualidade de vida de quem convive com a esclerose, como fisioterapia, terapia ocupacional e alguns medicamentos específicos”, reforça.No Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA) estima uma incidência de aproximadamente 1,5 casos da doença por 100.000 pessoas por ano, o que corresponde a cerca de 2.500 novos pacientes diagnosticados anualmente no país. Entre algumas iniciativas da associação, está o Registro Nacional de ELA, em parceria com o Ministério da Saúde. O projeto mapeia a população e coleta dados clínicos no Brasil, o que possibilita a assistência dessa população. O registro pode ser feito no link.

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