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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Pablo Marçal: A marola que pode virar Tisunami?

Por Professor Antonio Marcelo


 

Toda eleição tem uma novidade que cai como marola ou como Tsunami no meio político.Na capital paulista está acontecendo um fato político que pode ter desdobramentos para as eleições majoritárias de 2026.

Até o momento a " novidade " na política da cidade de São Paulo está sendo incontestavelmente a figura do Pablo Marçal que  tem transformado os debates entre candidatos num espetáculo midiático, com uso de frases de efeito, com polêmicas ácidas, ironias e o recauchutado discurso de que ele é " o único candidato fora do sistema".

Usando o artifício legal ou nem sempre republicano do engajamento nas redes sociais, Marçal subiu nas pesquisas e outras lideranças subiram no telhado ou estão tentando esvaziar o suposto balão de ensaio Marçalista.

Incomodados com a estratégia canina ou Pitbull de Marçal, Guilherme Boulos, Datena e o prefeito candidato Nunes, se recusam a participar de debates com a presença de Marçal,caso não haja limites para controlar a língua afiada do candidato.

Por outro lado, a família Bolsonaro ligou o sinal de alerta e saiu para contra-atacar a eminência parda do jovem midiático.

Esse sinal de alerta passa pela leitura da família Bolsonaro de que o Pedro Marçal está ocupando um espaço que só tinha um corpo ocupando: o ex presidente Bolsonaro.

O discurso antissistema,moralista e conservador está sendo apropriado pelo jovem político e pode resvalar no esvaziamento ou na diminuição da importância do capital político do ex presidente, vindo a comprometer, a médio e longo prazos, as pretensões da família Bolsonaro no Estado de São Paulo e até no  contexto nacional.

Isso dito, está dada a largada do discurso contra o Marçal, algo que pode ter o efeito rebote que é enfraquecer seus adversários que partirem para o ataque, impulsionado de forma  energética a  sua candidatura para um eventual segundo turno na capital Paulistana e até para presidente em 2026 ou ter o efeito de pulverizar ou desnutrir  sua candidatura, como aconteceu em outros tempos com a figura do Celso Russomano que iniciava bem nas pesquisas e perdia fôlego na corrida eleitoral em São Paulo.

A verdade momentânea é que Pablo Marçal está sendo a pedra no sapato de muita gente, abriu e dividiu o campo da direita mais direita e quer tirar muita gente da frente para ocupar um espaço esvaziado.

Outra verdade momentânea é que de agora em diante ele não será só pedra, mas também vidraça, pode ser também marola, mas também pode ser um tsunami.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Análise bem feita e que retrata claramente o contexto da eleição na capital paulista. Tal contexto poderá, sem dúvida, ter reflexos na disputa de 2026.