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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Após cobranças, Bradesco reduz a coparticipação em terapias para autistas

Mais uma demonstração da importância da atuação sindical. Após diversos funcionários do Bradesco procurarem os sindicatos para reclamar sobre os altos valores cobrados de coparticipação para terapias de crianças e pessoas do espectro autista, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) entrou em contato com o banco, cobrando uma solução para o problema. Muitas famílias cobradas pela Bradesco Saúde tiveram o comprometimento de quase a totalidade de sua renda.

Em resposta à solicitação, o Bradesco explicou, na noite de quinta-feira (19/9), que inicialmente sua tabela de coparticipação prevê uma cobrança de 30% sobre consultas, terapias e exames de baixa complexidade. No entanto, reconheceu que, no caso de pessoas do espectro autista, que necessitam de uma série de terapias frequentes, muitas realizadas em mais de uma sessão semanal, os custos se tornam excessivos.

Com isso, o Bradesco se comprometeu a reduzir de 30% para 15% a coparticipação nos pacotes de terapia para Transtorno do Espectro Autista/TEA). Essa mudança passa a valer a partir do dia 1º de outubro, e é necessário que o segurado informe na clínica responsável pelo tratamento que ela deve enquadrar as sessões como pacote de terapias TEA.

Além disso, o banco informou que os valores já cobrados até o momento serão corrigidos, com a devolução de 50% da coparticipação realizada. O crédito será feito automaticamente na conta dos trabalhadores no dia 27 de setembro, sem necessidade de qualquer ação por parte dos bancários. O Bradesco também se comprometeu a informar diretamente esses trabalhadores sobre a devolução.

Para os bancários que entraram em contato com o programa VivaBem e solicitaram o empréstimo social para lidar com os custos elevados, o banco informou que o empréstimo será mantido, mas, mesmo assim, as correções nos valores de coparticipação serão efetuadas.

Esta mudança de postura só foi possível porque os bancários denunciaram a situação aos sindicatos, que cobrou insistentemente uma solução do banco. As entidades sindicais vão continuar acompanhando a situação para ter certeza de que tudo está correndo de acordo com o combinado.

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