O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, respondeu às críticas feitas pelo candidato derrotado ao Governo do Estado, ACM Neto, ao governador Jerônimo Rodrigues, nesta terça-feira (03). O dirigente petista afirmou que o ex-prefeito de Salvador insiste no mesmo assunto, recortando dados para mostrar um retrato que não corresponde à realidade.
"Sei que não cabe à oposição apresentar solução, mas é que no caso dele está chato. Ano vai, ano vem, ele só tem esse assunto, mas sem novidades. Só sabe falar de fuzil e facção, mas não apresenta nenhuma proposta para a segurança", diz Éden sobre o ex-prefeito de Salvador. O petista acrescentou ainda que, mesmo na campanha, em 2022, Neto também não propôs uma alternativa sequer para a segurança pública. “Não me lembro de nenhuma proposta que ele fez. Não tinha, e por isso que ele perdeu. Porque ele criticava, criticava, falava, zerava os governos do PT”.
”E além de não mudar o disco, não atualizar o discurso, ACM Neto recorta um pedaço da realidade, escolhe os dados que melhor lhe convém, para fazer oposição pela oposição. Enquanto Jerônimo segue trabalhando incansavelmente, ele virou um tipo de porta-voz de tragédia’, destacou o presidente estadual do PT Bahia.
Com base em avaliação feita pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, Éden explicou que no que se refere à investigação e encaminhamento de inquéritos relacionados a homicídios, a Bahia tem avançado, com o número de inquéritos remetidos devidamente apurados, com materialidade e autoria identificadas. Entre 2022 e 2024, a taxa de remessa de inquéritos de homicídios tem crescido a uma taxa anual de 12,2%, elevando-se de 27,9% em 2022 para 41,0% (Percentual estimado) em 2024.
De acordo com a SSP, o estudo que Neto usou para criticar a segurança pública chama a atenção pela ausência dos dados utilizados relativos, que muitos estados adotam no lançamento de números, principalmente nas mortes a esclarecer. A Secretaria acrescentou que “tais mortes não são computadas pelo Instituto Sou da Paz, o que acarreta uma enorme distorção da realidade”. Na Bahia, por exemplo, em 2022, indicou 518 mortes a esclarecer, enquanto o Paraná teve 2.844; o Rio de Janeiro, 1.924; São Paulo, 4.624; Mato Grosso do Sul (1.486) e Sergipe, que desponta como referência, teve 438, quase o mesmo que a Bahia. De janeiro de 2024 a novembro, o estado teve redução de 10.5% das mortes violentas, chegando a 19, 2% na Região Metropolitana de Salvador.
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