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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Dicas UnexMED carnaval 2025

 

Foto:Ene Lélis  - 
Vai participar da folia, viajar ou ficar em casa? Anote as dicas de especialistas em saúde para evitar viroses e infecções


Carnaval 2025 será em março, de 1º (sábado) a 5 (Quarta-feira de Cinzas)

No carnaval, as viroses são mais comuns porque o número de pessoas aglomeradas em um mesmo espaço aumenta a exposição a diferentes agentes patogênicos. A aglomeração de pessoas, o calor e a falta de preocupação com a higiene e com o sexo seguro são fatores que podem contribuir para a propagação de doenças causadas por vírus e bactérias.

Para o médico infectologista e professor de Medicina da UnexMED Jequié, Ícaro Nunes, “em teoria, qualquer grande aglomeração gera maior fluxo de patógenos, principalmente virais, mas também bactérias e protozoários. Considerando as características do carnaval, a infecção mais comum é a mononucleose, popularmente conhecida como doença do beijo, causada pelo vírus Epstein-Barr Virus. A transmissão...

acontece através de gotículas de saliva e costuma causar febre alta, inchaço na língua e dor na garganta. Nos casos mais graves pode causar hepatite”, explica. 

Outra preocupação importante, ainda de acordo com o infectologista, são as intoxicações alimentares: “essas são muito comuns e os principais patógenos são vírus (Enterovírus, Adenovirus) e bactérias (E. coli, Salmonella, Shigella, Legionella, etc). Ao observar a presença de sinais de diarreia invasiva com sangue, muco ou pus nas fezes, febre alta e alterações importantes do estado geral do organismo, o paciente precisa procurar assistência médica para possível antibioticoterapia. 

Apesar de não ser uma virose, a leptospirose é uma doença muito comum neste período pós-carnavalesco. Segundo o médico, a prevenção, nessa época do ano, é muito difícil. “Prevenir a leptospirose no carnaval é bem difícil pela própria natureza do festejo. A doença é causada pela bactéria Leptospira, que geralmente tem como reservatório, animais, principalmente roedores urbanos, ratos. O contato com água, lama ou outros materiais contaminados pela urina dos ratos, permite a penetração do patógeno através da pele íntegra, com lesões ou pelas mucosas. Então, considerando as aglomerações, com o calor, o lixo nas ruas, a chance de transmissão é muito maior. A doença se apresenta, inicialmente, como uma virose (febre, dor no corpo, redução do apetite) e pode evoluir para quadros bem graves com insuficiência hepática e renal, inclusive com altos índices de mortalidade, se não for tratada adequadamente”, alerta.

Os sintomas da dengue, por exemplo, são os mesmos de uma gripe: febre, dor de cabeça, dor no corpo, fadiga, mal-estar, dor de garganta, congestão nasal e até mesmo manchas na pele. Por isso, é importante procurar um médico imediatamente. A dengue pode progredir rapidamente e causar complicações graves, como hemorragia e choque hemorrágico. Segundo Franciele Cardoso, diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica do município de Jequié-BA, no pós-carnaval de 2024, foram notificados 548 casos de dengue. Um aumento de 495% em relação a 2023. 

Para o especialista, “todas essas doenças podem evoluir para quadros mais graves, por isso, é preciso redobrar a atenção com os cuidados e a prevenção. Entretanto, as maiores preocupações são as ISTs. HIV, HTLV, sífilis, gonorreia, clamídia, hepatites virais, entre outras. Portanto, o alerta mais importante é em relação ao uso de preservativo”, adverte.

Ainda de acordo com as informações do infectologista Ícaro Nunes, para prevenir a leptospirose, é preciso usar sapatos fechados – de preferência impermeáveis –, evitar contato com poças d’água ou água corrente – que esteja no chão – lavar as mãos, com frequência e, antes do consumir as bebidas, é imprescindível lavar as latinhas de cerveja, garrafas plásticas e copos. Em relação a mononucleose, o período de incubação, tempo em que a infecção leva da entrada no organismo até o início dos sintomas, pode variar de 4 a 8 semanas. “Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas tardios e atualizar o calendário vacinal (Hepatite B, Influenza, COVID-19, Hepatite A) antes da folia. Diante de tudo que abordei, acredito que a principal mensagem seja ‘é preciso se divertir com responsabilidade’ e, em caso de dúvidas ou sintomas, sempre procurar um médico”, aconselha. 

Como evitar a intoxicação alimentar

Manter certos cuidados como o manuseio das fontes de alimentos e com a higienização das mãos é imprescindível para manter o sistema imunológico equilibrado. Para a farmacêutica bioquímica Islana Fonseca, a prevenção é a melhor forma de evitar a transmissão de doenças, especialmente, na volta para casa, onde há crianças e idosos presentes. “Uma pessoa infectada, mesmo que assintomática, pode contaminar inúmeras outras. Para impedir o ciclo da doença é imprescindível, higienizar as mãos, usar máscaras, manter-se em ambientes ventilados, ingerir água potável, usar copos descartáveis, canudos reutilizáveis, não consumir gelo de procedência desconhecida, evitar alimentos crus, consumir frutas e verduras bem lavadas, em bom estado de conservação e alimentos preparados recentemente”, prescreve.

"Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado"

Islana Fonseca também faz um alerta em relação a automedicação. Segundo a especialista, a prática pode causar riscos à saúde. “O uso inadequado de antibióticos pode causar resistência bacteriana e não eliminar o agente causador da gripe ou do resfriado, especialmente, se se tratar de uma gripe viral. Nesse caso, o antibiótico não resolve o problema. Os exames laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico. Em caso de zika ou dengue, o uso de anti-inflamatórios como o Ibuprofeno e o Diclofenaco podem reduzir a ação das plaquetas, causar sangramentos e antecipar a progressão da doença”. Portanto, alerta a especialista, “o médico sempre deve ser consultado”.

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