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Vacina contra Influenza reduziu 35% a hospitalização entre grupos de alto risco |
O Ministério da Saúde escolheu o Dia Mundial da Saúde para iniciar oficialmente a campanha da vacinação contra a Infuenza. Instituída em 1948, a data foi escolhida para chamar atenção sobre os fatores que afetam a qualidade de vida das pessoas.
A distribuição de 35 milhões de doses da vacina contra a gripe já começou desde 21 de março nos estados do Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste. O reforço para o público-alvo da campanha sazonal continuará integrado permanentemente ao Calendário Nacional de Vacinação. A meta é imunizar cerca de 50 milhões de pessoas, entre crianças, gestantes e idosos.
A vacina contra a Influenza reduziu em 35% o risco de hospitalização associada ao vírus entre grupos de alto risco: 58,7%, em pessoas com comorbidades, 39% em crianças pequenas e 31,2% em idosos. Para o infectologista Ícaro Nunes, professor de Medicina da UnexMED Jequié, “a vacina estimula o sistema imunológico a proteger o organismo contra as formas graves da doença e diminui muito a possibilidade de o paciente adoecer a posteriori”, defende.
Programa Nacional de
ImunizaçõesDisponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como estratégia de saúde pública, o Programa Nacional de Imunizações é um dos maiores do mundo. Todos os anos, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, no período anterior ao outono e ao inverno.
As vacinas contra a gripe são atualizadas e, por isso, a determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que a vacina seja tomada anualmente. Elas podem ser administradas junto de outras vacinas do calendário de imunização nacional, como a da Covid-19 e dengue, sem necessidade de intervalo entre elas. A recomendação acontece apenas quando a pessoa já está gripada, com Covid-19 ou dengue. Nesses casos, para tomar a vacina é recomendado aguardar 30 dias após o início dos sintomas de gripe.
No caso da Covid-19, a recomendação é aguardar 48 horas do fim dos sintomas iniciais ou da febre. Praticamente não há reação em relação a vacina da gripe. Podem ocorrer dor no local da aplicação, febre baixa, dor muscular e mal-estar, mas são sintomas leves e desaparecem rapidamente, normalmente, após 48 horas da aplicação.
Em situação epidemiológica de risco, como surtos ou aumento da circulação do vírus Influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta à vacina e aumentam as chances de quadros graves (diabéticos, pneumopatas, cardiopatas, entre outros). O intervalo em relação à dose anual é de três meses.
Tipos virais da Influenza
Subdividida em tipos A, B, C e D e subtipos A (H1N1), A (H3N2), a gripe, infecção aguda do sistema respiratório, é provocada pelo vírus da Influenza. Em 2011, nos Estados Unidos (EUA), um novo tipo de vírus da gripe, o Influenza D, foi identificado em suínos e bovinos.
A vacina trivalente aplicada no SUS (Sistema Único de Saúde) protege contra três cepas diferentes do vírus, responsáveis pela maioria dos casos: a Influenza A (H1N1), a Influenza A (H3N2) e a Influenza B. Já na rede privada, é possível encontrar a versão quadrivalente do imunizante.
A Fiocruz e o Instituto Butantan iniciaram testes clínicos da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária.
Tipo A - Encontrado em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
Tipo B – Encontrado em seres humanos. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.
Tipo C – Encontrado em humanos e suínos, causa infecções mais leves e não estão relacionadas às epidemias.
Para quem a vacina é contraindicada
O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores. Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e dose única nos anos seguintes; Pessoas a partir de 9 anos: dose única anual.
Para quem a vacina é prioritária
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos já fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação. Além desse público, os povos indígenas, incluindo as crianças de 6 meses a menores de 9 anos, os trabalhadores da saúde, as puérperas, os professores dos ensinos básico e superior, as pessoas em situação de rua, os profissionais das forças de segurança e de salvamento, os profissionais das Forças Armadas, as pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade), as pessoas com deficiência permanente, os caminhoneiros, os trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso), os trabalhadores portuários, os funcionários do sistema de privação de liberdade, a população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
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