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Quando um patrão corta custos com segurança assume o risco de matar, dispara especialista Emílio Fraga |
Cerca de 500 mil acidentes de trabalho e 2,8 mil mortes evidenciam descaso com a segurança do trabalhador
O Abril Verde não é apenas momento simbólico, mas um alerta urgente diante de números chocantes: em 2023, o Brasil registrou cerca de 500 mil acidentes de trabalho, com mais de 2,8 mil mortes, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Casos como o da tragédia de Brumadinho em 2019, onde 270 pessoas morreram devido a negligência em barragens, ou o incêndio na Boa Vista Confecções em 2023, que matou 10 costureiras em São Paulo por falta de saídas de emergência, mostram o custo humano da omissão. "A maioria dessas mortes poderia ser evitada com fiscalização rigorosa e punição exemplar", afirma Emílio Fraga, especialista em direito do trabalho com ênfase em acidentes laborais. "Quando um patrão corta custos com segurança assume o risco de matar", dispara Fraga. Empresas que investem em prevenção, como a Vale (pós-Brumadinho), que destinou R$ 127 bilhões a reparações e programas de segurança, provam que mudar é possível – e obrigatório.
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